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segunda-feira, 8 de outubro de 2018

A Mulher Sertaneja


A Mulher Sertaneja

Ao lado do sertanejo, quase invisível, tem uma mulher que também “conhece os horrores da seca e os combates cruentos com a terra árida e exsicada”. Assim como o homem, a mulher sertaneja conhece “as cenas periódicas da devastação e da miséria” e não se apavora com o “quadro assombrador da absoluta pobreza do solo calcinado, exaurido pela adustão dos sóis bravios do Equador”. 

A família sertaneja tem a figura de um pai muito ausente, que somente coloca comida dentro de casa. Quase não existe aproximação nem um relacionamento saudável com os filhos, e geralmente vai trair sua esposa, quando não acontece de abandoná-la. Não são poucos os casos de mulheres cujos maridos se foram entre os retirantes da seca em busca de trabalho em outras regiões do país e nunca mais voltaram para casa.

Sabendo que a mãe de cada sertanejo é considerada uma santa por seu papel social de educadora, de proteção e em especial aquela que foi abandonada pelo marido, mas que lutou de forma aguerrida para criar seus filhos. A mãe sertaneja é a única expressão de amor em uma sociedade sangrenta e cheia de ódio, por isso essa devoção familiar é transferida para a esfera religiosa no culto a “Nossa Senhora”. A sociedade sertaneja é matriarcal.

ü  O Preconceito:

No geral a mulher é tida como sexo frágil, delicada e meiga. Mas quando o assunto é mulher sertaneja, ela é estigmatizada com adjetivos opostos. A mulher do sertão é quase sempre apresentada como uma mulher masculinizada (mulher macho, sim, senhor) capaz de assumir qualquer tipo de trabalho por mais duro que seja.

Outras tantas imagens são veiculadas no sentido de desqualifica-las e estigmatizá-las. Adjetivos como: matuta, caipira, tabaroa, agreste, beata, cafona e outras tantas “qualidades” vinculadas a ideia de incivilização que lhes são impostas.

Sempre são vistas como mulheres pobres, de pele enrugada e vida sofrida, sempre fora dos padrões de moda e beleza. Casos de sucesso (mulheres bem sucedidas) e de beleza nunca são mostradas em reportagens nem muito menos na literatura. Sua participação na história é sempre esquecida.

Há uma diferença das mulheres da capital e das mulheres do sertão. São contextos diferentes. Uma mulher do sertão sofre preconceito de mulheres da capital. Mas se ambos forem para o Sul/Sudeste do país o preconceito para ambas é igual.



ü  Prostituição e Adultério

Lamentavelmente isto é uma área muito triste. Por falta de oportunidades e por falta de educação e escolaridade muitos dos jovens se prostituem na adolescência. Os rapazes são estimulados pelos homens para provar que são machos de verdade. As meninas por falta de consideração procuram receber esta atenção e carinho.

O adultério é algo comum e tolerado enquanto o homem não deixa de sustentar a sua família.

Qualquer outra perversidade se encontra também, portanto é tabu. Ninguém fala sobre abusos de próprias familiares. Mas sabemos que isto acontece muito.

ü  As dificuldades Sociais

Vítimas de analfabetismo, violência doméstica que predomina em uma sociedade machista, vítimas da seca - percorrem longas distâncias em busca de água, precariedade no atendimento de saúde. Dificuldade de emprego e renda. Condições de moradia precária.

ü  Sinais de mudança

Engana-se quem pensa que o sertão nordestino permanece à margem das grandes mudanças que têm acontecido nos últimos anos. A antena parabólica é, sem sombra de dúvida, o novo símbolo do sertão nordestino. Com a parabólica, instaurou-se um processo de secularização sem precedentes na história dos sertanejos. A modernização, os apelos de consumo, os novos modos de relacionamentos e a confusão entre o virtual e o real têm produzido uma mentalidade destituída de valores e de raízes. O sertão das parabólicas sofre o impacto da internacionalização dos costumes e dos modos modernos de pecar. O sertanejo tornou-se mais secularizado, mesmo fundamentalista e menos idólatra. Mais vulnerável à prostituição, ás drogas e ao alcoolismo. (Aurivan Matinho)

O sertão contemporâneo é o sertão do celular, das parabólicas, das motos em vez do jegue, da era virtual.

Motivos de Oração:



a)       Inserção no mercado de Trabalho.

b)      Valorização da mulher sertaneja como digna de atributos femininos, vencendo o preconceito.

c)       Muitas destas mulheres precisam de auto estima e precisam se redescobrirem no Reino.

d)      Precisam saber o quanto são amadas por Deus.

e)      Sabedoria na condução da família.

f)        Acesso aos serviços básicos de saúde e educação.

g)       Libertação das agressões, drogas e álcool.

h)      Que o secularismo não seja a influência para separar as famílias do sertão.

i)        Cura na alma e física dos abusos e violência sofrida.

j)        Libertação da cegueira espiritual.

k)       Que a igreja enxergue estas mulheres como Deus as vê. E não sejam mais esquecidas.

l)        Por água nas regiões de seca e moradia digna.

m)    Pelo fim dos abusos sexuais e pedofilia

Fontes:

http://www.tanianavarroswain.com.br/labrys/labrys11/libre/zuleide.htm

http://pt.slideshare.net/BPJCA/ser-mulher-no-serto-os-diversos-esteriotipos-e-preconceitos-que-estigmatizam-a-mulher-sertaneja

Livors: O Grito do Sertão Nordestino (Missão Juvep) e Missionários para o Sertão Nordestino (Ildemar Nunes de Medeiros)

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