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domingo, 15 de maio de 2016

4 competências essenciais que formam o algoritmo do empreendedor

Um algoritmo, do ponto de vista da Ciência da Computação, é uma sequência de instruções, bem definidas e não ambíguas, as quais são executadas de maneira mecânica ou eletrônica, em um intervalo de tempo específico, com uma quantidade de esforço finita.
Sabe-se que não existe um procedimento preciso e bem definido para a produção de empreendimentos de sucesso, muito menos um método de produção de riqueza que siga uma lógica infalível. Contudo, é possível pensar em posturas e padrões de comportamento que estejam a favor de uma atitude empreendedora.
Na prática, o algoritmo é uma espécie de receita, uma lista de passos necessários para a realização de uma tarefa, com a produção de determinado resultado. Por exemplo, para preparar um bolo é preciso separar os ingredientes, selecionar a quantidade específica de cada um e misturá-los seguindo uma sequência, em um local apropriado, de acordo com uma temperatura X, por um tempo Y etc.; do contrário, o processo pode desandar.

Assim acontece com o empreendedor, que geralmente segue certa ordem de crescimento e de aquisição de experiências, desenvolvendo habilidades e comportamentos com o objetivo de obter sucesso em alguma área ou mercado – mesmo sabendo que seus passos podem levar a lugar algum.
De fato, talvez não haja um algoritmo definitivo que seja capaz de automatizar a lógica do empreendedorismo ou replicar a inteligência e os passos de um empreendedor de sucesso, mas, com certeza, há algumas competências básicas que podem ser identificadas nessa atividade.
Vamos citar quatro dessas competências, de maneira didática, para situar aquilo que identificamos como pontos fortes em um empreendedor (o que não quer dizer que a vida de um empreendedor e a atividade de uma empresa digam respeito somente a estes pontos):
Poder de Transformar do empreendedor
A primeira competência, ou poder, talvez seja a principal: poder de transformação – o simples fato de dizer “não” ao dado, a um hábito, conhecimento ou processo rotineiro, para dizer, ao mesmo tempo, “sim” a algo diferente, à oportunidade.
Para Freud, dizer “não” é o primeiro indício de que há pensamento. Em termos práticos, vemos essa atitude em empreendedores que têm formação estabelecida em determinada área do saber e, de repente, dispõem-se a ir além do que conhecem.
Alguém das ciências humanas, por exemplo, que de repente aprende a programar ou algum matemático que desenvolve aptidão para os conhecimentos, ditos, inexatos. Há na história da arte, das ciências e da economia, em geral, inúmeros exemplos de pessoas que colocaram em prática essa competência.
O psicanalista brasileiro MD Magno diz que esta capacidade de “pensar” é o que diferencia as pessoas de outros animais – para entender melhor sobre esse conceito, sugiro a leitura do meu artigo anterior no portal Dinheirama (clique aqui para vê-lo).
Poder de Conhecer
Poder de conhecer, de “ir até o rabo da palavra”, como diria o escritor João Guimarães Rosa (o qual obteve sucesso na área das Letras), eis outra competência importante ao empreendedor. Não basta apenas querer algo diferente, pensar “ao avesso”, se esse pensamento não é trabalhado, sistematizado, planejado ou estruturado de alguma forma.
Muitas vezes, o “novo” só surge depois que o “velho” foi repetido exaustivamente e o que era desvio passou a ser a norma. O próprio Guimarães Rosa, conhecido por ser um inovador e produtor de neologismos, com uma rica linguagem “própria” e inconfundível, dizia-se um reacionário, pois queria mesmo era saber o “antes da palavra”, quando ela se misturava com o próprio ato de falar.
Para isso, Guimarães Rosa pesquisou seu mercado de atuação ao máximo. Certa vez ele comentou essa capacidade com uma prima: “Falo: português, alemão, francês, inglês, espanhol, italiano, esperanto, um pouco de russo; leio: sueco, holandês, latim e grego (mas com o dicionário agarrado); entendo alguns dialetos alemães; estudei a gramática: do húngaro, do árabe, do sânscrito, do lituânio, do polonês, do tupi, do hebraico, do japonês, do tcheco, do finlandês, do dinamarquês; bisbilhotei um pouco a respeito de outras. Mas tudo mal. E acho que estudar o espírito e o mecanismo de outras línguas ajuda muito à compreensão mais profunda do idioma nacional. Principalmente, porém, estudando-se por divertimento, gosto e distração”.
Assim, o empreendedor deve colocar em prática o trabalho de pesquisa de mercado, com afinco, dedicação e disponibilidade para aprender; divertindo-se, se possível.
Poder de Adaptar
Adaptação, flexibilidade, maleabilidade. Estas palavras são sinônimos que definem a terceira competência necessária para um empreendedor. Isso pode acontecer em vários níveis, do operacional aos recursos humanos, sempre dizendo respeito à capacidade de aceitação ou de criação de regras ad hoc, caso a caso, que atendam à determinada demanda sem comprometer o processo do negócio como um todo.
Quando, por exemplo, sabe-se que o mercado está bom para smartphones e laptops, mas é possível criar um novo mercado para tablets, estamos observando claramente a capacidade de adaptação (e, ao mesmo tempo, inovação, nesse caso).
Em termos de recursos humanos, a contratação de funcionários sem vínculo empregatício definitivo ou por um regime específico, fora da CLT, mas com garantia de posterior remuneração ou participação nos lucros, via ações ou porcentagens pré-definidas, é outro exemplo dessa flexibilização das relações entre colaboradores.
Tudo isso favorece a progressão e otimização dos recursos da empresa, através de um acordo entre as partes envolvidas, e não deixa de ser um processo de inovação que corrobora com a competência de transformação.
Vídeo recomendado: Abrir o Próprio Negócio e Empreender é pra você?
Poder de Fidelizar
Entretanto, além de poder transformar, conhecer a fundo e adaptar-se ao ritmo das ondas que “o mar do mercado” possa trazer, é preciso ter uma boa prancha, que dê sustentação aos movimentos do surfista (empreendedor), enquanto vem a próxima onda, isto é, ter certa estrutura de confiança que garanta o funcionamento do empreendimento.
Isso acontece, por exemplo, através da criação de sociedades e parcerias em diversos setores: do financeiro ao emocional, do fornecedor de matéria-prima ao fornecedor de consumo (o cliente).
É necessário, portanto, saber criar uma rede que mantenha o negócio em funcionamento pleno, garantindo receita e possibilidade de crescimento. Empreender é uma dinâmica social. Nesse sentido, a fidelização, o processo que diz respeito à colocação de fé (valor) em determinada prática é indispensável. Isso o empreendedor não consegue fazer sozinho.
Workshop online gratuito recomendado: Finanças Pessoais e Empreendedorismo, com Gustavo Cerbasi e outros convidados
Conclusão
Embora a versão final do algoritmo empreendedor (ou “algoritmo do empreendedor”) não tenha sido lançada no atual mercado de softwares, é possível, sim, aperfeiçoar essas quatro competências e tentar aprender com os grandes exemplos do passado, sem, é claro, deixar de olhar para o futuro.
Afinal, para o empreendedor de sucesso a origem (a base) está no futuro, no por vir, e isso é maravilhoso! Por isso ele se prepara, tenta, erra, muda um pouco a estratégia, persiste e, de repente, ele acerta, mas não pode parar. Nesse contexto, talvez a frase “O futuro a Deus pertence” deva ser repensada, conforme propus na imagem abaixo – isto é, “O futuro: adeus, pertences”.
Diga “tchau” aos conhecimentos cristalizados, repetitivos, “pertences” que atrapalham a prosperidade. Siga a favor do movimento de crescimento, transformação e adaptação, em busca de uma realidade mais promissora para você e sua empresa. Até a próxima.
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Este artigo foi escrito por Renato Bressan.
Professor, Jornalista e Produtor Cultural. Mestre e Graduado em Comunicação. Analista e Desenvolvedor de Sistemas. Graduando em Letras. Criador do projeto Reenquadro: instagram.com/reenquadro

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Intimidade



Mt.25:
1Então, o Reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do esposo. 2E cinco delas eram prudentes, e cinco, loucas. 3As loucas, tomando as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo. 4Mas as prudentes levaram azeite em suas vasilhas, com as suas lâmpadas.
1-      Em um casamento oriental, o noivo dirigia-se à casa da noiva para recebê-la das mãos dos seus pais;
Assim, Jesus veio ao mundo para nos resgatar.
2-      Depois, eram acompanhados por donzelas ou virgens e outros convidados até a casa do noivo ou dos seus pais, onde era celebrado o banquete nupcial. As damas de honra tinham a responsabilidade de preparar a noiva para o encontro com o noivo.
O cortejo geralmente começava ás 18h. Mas por alguma razão o noivo se atrasa e o cortejo se estende até meia noite.
Era necessário levar lâmpadas acesas, pois as ruas eram escuras.
Estas donzelas representam os chamados a servirem no Reino. Nós temos a responsabilidade de preparar a igreja para se encontrar com o noivo.
2Co.11
2Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo.
As ruas eram escuras: este mundo tenebroso jaz em trevas, e precisamos apontar o Caminho através da Palavra de Deus.
Salmos 119:105
Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e, luz para os meus caminhos.
É através do nosso exemplo que muitos conhecerão a Deus:
Mt.5
14Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; 15nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa. 16Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.
Não podemos negligenciar nosso chamado. Como poderemos preparar a noiva se não vivermos a Palavra? Muitos hoje tem negociado a fé e pregado um falso evangelho. Outros pregam e não vivem o evangelho. Estas são atitudes que ofuscam o Caminho, pois a luz não tem brilhado.
Mc. 1:3
Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas.
O noivo parece ter se atrasado, mas será?
2 Pedro 3:9
O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se.
3-      As lâmpadas eram acesas com azeite de oliva.
A única forma de andarmos na Palavra e fazermos a diferença, ou seja, da lâmpada estar acesa, é termos uma vida de intimidade com Espírito Santo. É Ele quem nos convence.
Ele é o óleo que precisamos para manter a luz acesa.
As lâmpadas que as virgens carregavam eram tochas que consistiam numa vara comprida com trapos ensopados de óleo na parte superior. Exigiam grandes quantidades de óleo para se manterem acesas e precisavam ser abastecidas a cada 15 minutos.
Por isso as virgens tiveram que levar óleo reserva em suas vasilhas. Isto nos fala da necessidade de recebermos o transbordamento do Espírito Santo. De termos uma vida de oração sem cessar.
Todo cristão recebe o Espírito Santo ao se converter, ou seja, tem azeite em sua lâmpada. Mas é preciso buscar o transbordamento do Espírito Santo. Não há como termos sucesso na obra de Deus sem azeite suficiente. É necessário termos uma vida dedicada de oração.
Lc.24:49
49E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder.
Jesus adverte que para ser realizado a obra com excelência era necessário primeiro receber o azeite, ou seja, para que a lâmpada brilhe é preciso receber o Espírito Santo. Os apóstolos receberam porque estavam unânimes em oração. (At.1:14)
As dez donzelas foram recrutadas para realizar a obra, mas algumas queriam realizar na sua força. Sem azeite.
Sem uma vida de intimidade com o Espírito Santo, nos desviamos da Palavra e nossa luz deixa de brilhar.
O texto diz que quando se ouviu o grito que o noivo se aproximava, as virgens loucas pediram o óleo das prudentes. Mas não receberam.
A experiência de intimidade com o Espírito Santo é uma experiência individual.
As prudentes recomendaram que elas fossem comprar, ou seja, para manter a luz acesa é preciso pagar o preço do azeite. Para andarmos no Espírito há um custo, tal como renunciar o mundo, lidar com o ego, largar o pecado, amar ao Senhor acima de tudo e considerar tudo como perda por amor de Cristo.
Se você não tem intimidade com o Espírito Santo, que vem através da oração, o azeite acaba, a luz apaga, ou seja, fora da Palavra não tem como haver salvação.
O noivo veio e as loucas não estavam preparadas. Falharam na sua tarefa porque não tinha azeite. Quantos líderes fracassam por não ter intimidade como Espírito Santo, por terem uma vida de oração?
Quem tem vida de oração, é conhecido no céu. As loucas ficaram fora, pois o noivo lhes disse: não vos conheço.
Você tem cultivado uma vida de intimidade com Deus? Veja que as loucas e as prudentes foram chamadas, estavam na igreja, mas nem todas foram aceitas.
E se Jesus voltasse hoje?